Patrocinado pela Câmara Municipal de Lisboa e atribuído ao espectáculo mais inovador.
"The Hypnos Club"
Criação colectiva
Encenação de Rodrigo Malvar
CITAC
Universidade de Coimbra
No teatro, onde verifica-se perigosamente que o conflito entre egos, bem como suas superexposições – dentro e fora do palco –, é algo normal, inovar é ser subserviente. É ter seu momento de destaque e, no mesmo contexto, dedicar-se ao destaque do outro. É ainda mais curioso pensar que este jogo se dá justamente em um Club. The Hypnos Club.
Isto sem falar em aspectos mais palpáveis: objectos de cena que não são apenas multifuncionais, e que, ao invés de contribuirem para uma caracterização óbvia de um club, assumem um papel de agentes potencializadores para que o ambiente de um club seja sentido mais fielmente através das personagens e daquilo que se passa nelas. Sim, não entre elas, mas nelas. "The dramatic process occured between the bodies; the postdramatic process occurs with/on/to the body" (apud Lehmann 2006: 163).
Os corpos meio nús, despidos de uma certa sobriedade, com copos "meio vazios" e cheios de significados transformam a relação entre o texto e a encenação, neste caso afirmando uma dramaturgia construida também por movimentos em cena, às vezes traduzidos em verbo, às vezes transformando o "verbo em carne", em consonância com as discussões atuais que giram em torno dos novos processos dramatúrgicos e da relação entre “Ritual and Theatre” (apud Fischer-Lichte 2005: 38).
"De ‘L’Avenir du Drame’" e da criação livre que "émerge aujord’hui" (apud Sarrazac 1999: 15) se sabe a respeito de algumas tendências. Aqui houve um confronto entre o efémero do espectáculo, e o eterno do texto. Qual o caminho? Depende. No fundo, o que importa é dar o melhor de si para que se consiga compreender o que se passa nos dias atuais, especialmente no âmbito do Teatro Universitário, o qual, vindo obviamente da Universidade, espaço de discussões de idéias e experimentações por excelência, não deve esquecer nunca suas origens. Inovar, numa época onde muitos querem dar suas respostas, sobre tudo, nos diversos meios possíveis, é também nos colocar perguntas pertinentes, conscientemente ou não.
"The Hypnos Club"
Criação colectiva
Encenação de Rodrigo Malvar
CITAC
Universidade de Coimbra
No teatro, onde verifica-se perigosamente que o conflito entre egos, bem como suas superexposições – dentro e fora do palco –, é algo normal, inovar é ser subserviente. É ter seu momento de destaque e, no mesmo contexto, dedicar-se ao destaque do outro. É ainda mais curioso pensar que este jogo se dá justamente em um Club. The Hypnos Club.
Isto sem falar em aspectos mais palpáveis: objectos de cena que não são apenas multifuncionais, e que, ao invés de contribuirem para uma caracterização óbvia de um club, assumem um papel de agentes potencializadores para que o ambiente de um club seja sentido mais fielmente através das personagens e daquilo que se passa nelas. Sim, não entre elas, mas nelas. "The dramatic process occured between the bodies; the postdramatic process occurs with/on/to the body" (apud Lehmann 2006: 163).
Os corpos meio nús, despidos de uma certa sobriedade, com copos "meio vazios" e cheios de significados transformam a relação entre o texto e a encenação, neste caso afirmando uma dramaturgia construida também por movimentos em cena, às vezes traduzidos em verbo, às vezes transformando o "verbo em carne", em consonância com as discussões atuais que giram em torno dos novos processos dramatúrgicos e da relação entre “Ritual and Theatre” (apud Fischer-Lichte 2005: 38).
"De ‘L’Avenir du Drame’" e da criação livre que "émerge aujord’hui" (apud Sarrazac 1999: 15) se sabe a respeito de algumas tendências. Aqui houve um confronto entre o efémero do espectáculo, e o eterno do texto. Qual o caminho? Depende. No fundo, o que importa é dar o melhor de si para que se consiga compreender o que se passa nos dias atuais, especialmente no âmbito do Teatro Universitário, o qual, vindo obviamente da Universidade, espaço de discussões de idéias e experimentações por excelência, não deve esquecer nunca suas origens. Inovar, numa época onde muitos querem dar suas respostas, sobre tudo, nos diversos meios possíveis, é também nos colocar perguntas pertinentes, conscientemente ou não.
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