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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Prémio FATAL 2010

Patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos e atribuído, pelo Júri, ao melhor espectáculo.

"Alan"
Criação colectiva
Encenação de António Júlio
TUP
Universidade do Porto


Diz-se muitas vezes que nossos braços são muito curtos para abraçar um universo. Diante disto, tentar abraçar um universo e ainda por cima dar sua própria versão acerca dele se configura enquanto um risco ainda maior. Felizmente tal risco foi tomado neste espectáculo onde a "universalidade das músicas, das letras e das personagens criadas por Tom Waits" foram concretizadas tomando em consideração a participação de cada individualidade envolvida neste processo, e este caminho criativo cada vez mais experimentado no atual contexto teatral foi verificado em cena: a passagem do universo macro para o elemento colectivo/particular foi explorada envolvendo adequadamente as diferentes linguagens utilizadas para compor as "idas e vindas, caminhos, intrigas", que compõem um verdadeiro "dis-cursus" (apud Barthes 2007: XVIII).

Assumir riscos é quase que inevitavelmente tentar quebrar tabus, sobretudo nos dias atuais onde isto é tentado desesperadamente, tranformando-se em algo banal. Transgredir tabus de maneira consistente é sinónimo de coragem. "Theatre is dealing with it [transgression of taboos] all the time" (apud Lehmann 2006: 186). Quem disse que caixas de sons velhas não produzem bons sons? Quem disse que combinações de velhos caixotes e algumas cordas não podem se transformar em uma guitarra? Quem disse que em um mesmo espaço não se pode encontrar anjos e demónios juntos, por vezes bons, por vezes maus? Depende da abertura de espírito de quem pretende dar um sentido diferente às coisas, mesmo que o resultado seja imperfeito, o que atesta ainda mais a singularidade do objecto. Tudo isto é possível, assim como, no universo teatral, nossos braços tem o tamanho que nós quisermos.

Prémio FATAL Cidade de Lisboa 2010

Patrocinado pela Câmara Municipal de Lisboa e atribuído ao espectáculo mais inovador.

"The Hypnos Club"
Criação colectiva
Encenação de Rodrigo Malvar
CITAC
Universidade de Coimbra

No teatro, onde verifica-se perigosamente que o conflito entre egos, bem como suas superexposições – dentro e fora do palco –, é algo normal, inovar é ser subserviente. É ter seu momento de destaque e, no mesmo contexto, dedicar-se ao destaque do outro. É ainda mais curioso pensar que este jogo se dá justamente em um Club. The Hypnos Club.

Isto sem falar em aspectos mais palpáveis: objectos de cena que não são apenas multifuncionais, e que, ao invés de contribuirem para uma caracterização óbvia de um club, assumem um papel de agentes potencializadores para que o ambiente de um club seja sentido mais fielmente através das personagens e daquilo que se passa nelas. Sim, não entre elas, mas nelas. "The dramatic process occured between the bodies; the postdramatic process occurs with/on/to the body" (apud Lehmann 2006: 163).

Os corpos meio nús, despidos de uma certa sobriedade, com copos "meio vazios" e cheios de significados transformam a relação entre o texto e a encenação, neste caso afirmando uma dramaturgia construida também por movimentos em cena, às vezes traduzidos em verbo, às vezes transformando o "verbo em carne", em consonância com as discussões atuais que giram em torno dos novos processos dramatúrgicos e da relação entre “Ritual and Theatre” (apud Fischer-Lichte 2005: 38).

"De ‘L’Avenir du Drame’" e da criação livre que "émerge aujord’hui" (apud Sarrazac 1999: 15) se sabe a respeito de algumas tendências. Aqui houve um confronto entre o efémero do espectáculo, e o eterno do texto. Qual o caminho? Depende. No fundo, o que importa é dar o melhor de si para que se consiga compreender o que se passa nos dias atuais, especialmente no âmbito do Teatro Universitário, o qual, vindo obviamente da Universidade, espaço de discussões de idéias e experimentações por excelência, não deve esquecer nunca suas origens. Inovar, numa época onde muitos querem dar suas respostas, sobre tudo, nos diversos meios possíveis, é também nos colocar perguntas pertinentes, conscientemente ou não.


Menção Honrosa

"Narrativa Fidedigna da Grande Catástrofe"
A partir de texto de Jaime Filinto; adaptação de Rui Pina Coelho
Encenação de Carlos Marques
TEUC
Universidade de Coimbra


O teatro também tem como característica básica assumir uma posição crítica a respeito do próprio teatro. Contar o que se passou na história, além de documentá-la na prática, ganha notoriedade quando se procura expressá-la com senso analítico apurado, utilizando elementos cénicos e gestus que provoquem reflexão, incentivando assim este mesmo senso por parte do público. Mostra um teatro vivo, que ardeu, e cujo espírito ainda arde através ecos apresentados em cena. Qual será o teatro que renascerá das cinzas? Façamos!


Menção Honrosa

"Ensaio para um lugar à sombra"
A partir de Platão e outros autores
Encenação de Adriana Aboim
GTN
Universidade Nova de Lisboa

A pressão que o ambiente exerce sobre os corpos, e como estes corpos se relacionam entre si neste contexto, coloca em pauta, para além da própria presença deste corpo em cena, a questão da reacção perante as diversas causas que provocam uma atmosfera de caos. A relação com o tempo cronológico é de certa forma perdida, e o que se encontra nos nossos diversos esconderijos pessoais? São questões que ultrapassam épocas, e que devem continuar a ultrapassá-las.

Menção Honrosa

"Intervalo para Dançar"
Criação colectiva a partir de textos contemporâneos
Encenação de Gustavo Vicente
GTIST
Instituto Superior Técnico


No mundo contemporâneo os intervalos são geralmente curtos, sobretudo, quando se tratam de momentos voltados às nossas próprias questões, ou quando são momentos de riso perante a própria vida. Rir, quando nem tudo é engraçado, por vezes, é constrangedor, visto que na maioria das vezes a culpa, por permanecer em sofrimento, é apenas nossa. Esse questionamento é corajosamente posto através da relação entre os diferentes arquétipos, das consequências dos seus actos, da dança entre as diferentes linguagens.

Menção Honrosa

"Peta das Antigas"
A partir de "O que diz Molero", de Dinis Machado
Encenação de Ricardo Rodrigues
Teatro Andamento
Escola Superior de Enfermagem


Espectáculo que se aproveitou mais adequadamente da sua condição de Site Specific. Andou pelos diferentes espaços internos e externos da Escola de Enfermagem de Lisboa, recriando-os para proporcionar uma volta às origens pueris de cada um, brincando e manipulando o tempo como só no teatro se tem a possibilidade de fazê-lo. Os conflitos encontrados no caminho entre a puerilidade e o processo de amadurecimento têm a ver com o próprio espaço ao redor, e a posição critica perante este "andamento" é de facto necessária.


Prémio FATAL do Público 2010

Patrocinado pelo Jornal i e atribuído pelo Público do Festival.

"Europa"
A partir de S. Mrozeck
Encenação de Jorge Fraga
Teatro da Academia
Instituto Politécnico de Viseu




terça-feira, 25 de maio de 2010

Festa FATAL 2010
Com No DJ’s Antena 3 e VJ Valise d’Images

Sexta-feira, 28 de Maio, às 22 horas
no Café-Teatro da Comuna


“Queremos ser livres para fazer o que quisermos. Queremos divertir-nos e queremos que se divirtam. Queremos fazer uma grande festa. (…) Electro, reggae, punk, funk, soul, disco, rock, pop, ska e etc. Sempre com o conceito agir e divertir.”, in http://www.myspace.com/nodjs3.

É neste espírito activo, livre e descontraído que No Djs’ Antena 3 vão encerrar o FATAL 2010 já na próxima sexta, 28 de Maio, no Café-Teatro da Comuna.

Uma noite que começa com a apresentação dos Prémios FATAL às 22h, que distinguem os melhores espectáculos da 11ª edição do festival, e que continua pela noite fora com a música eclética e de pura diversão dos Dj’s e do Vj mais badalados da praça lisboeta.

No Dj’s Antena 3 chegam às 24h com Luís Oliveira nos pratos e Filipe Nabais da Valise d’Images no vídeo e um convidado especial, Miguel Osório, mais conhecido como Ozaby. Criado em 2004, No Dj’s Antena 3 é um colectivo que tem percorrido todos os cantos do país nos últimos 6 anos e que conta com mais de uma centena de actuações. Já partilharam o palco com Chemical Brothers, Peter Hook (New Order), Dezperados, GlamSlamDance, Xutos & Pontapés, Mariza, Jorge Palma, Blasted Mecanism, Quim Barreiros, Irmãos Verdades, Mafalda Veiga, entre outros.

Uma festa de teatro, música e vídeo que fecha mais uma grande temporada de teatro universitário que veio comprovar, uma vez mais, a capacidade de jovens portugueses e estrangeiros em empenhar-se na arte da representação e da dramaturgia.


Para mais informações, consulte:
http://www.fatal2010.ul.pt/
www.facebook.com/video/video.php?v=1281861007947#!/fatal.lisboa?ref=ts
www.myspace.com/nodjs3
http://valisedimages.wordpress.com/

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Nós não queremos morrer!

criação colectiva
Teatro da UITI Encenação de Carlos Melo
Universidade Internacional da Terceira Idade
Domingo, 23 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna

Sinopse
A visita do “Sr. Director” é pretexto para que os internados ensaiem “números” a fim de festejarem a chegada de tão importante personagem.
Todavia quem teima em aparecer é outro, com a consequência de provocar uma forte manifestação…
Falas que se afirmam e exigem ser ouvidas. Ora individuais, ora de grupo, ora contrapondo diálogos que foram de outros espectáculos. Memórias, em suma, e também a morte como companheira de percurso.


BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

Alan

criação colectiva
TUP Encenação de António Júlio
Universidade do Porto
Domingo, 23 de Maio de 2010, às 16h30
Teatro da Comuna


Sinopse
Um homem de chapéu escreve. Um outro observa. A puta dança pela sala fazendo soar o seu corpo contra os objectos. Um isqueiro que não funciona. As pernas da mulher alta movem-se muito lentamente. Os sapatos são vermelhos. Ela está em cima da mesa. Ele olha-a sorrindo. Ela despe-se e chora. Um homem toma conta de outro homem. O rapaz não consegue olhar em frente. Dois cães ladram e acasalam. Três pessoas paradas, quase imóveis. Outras três, muito bêbedas, procuram acertar o passo. Uma voz dentro de um copo vazio. Alguém ameaça matar-se. Alguém acaba por morrer. Alguém morto deambula pelos lugares. Alguém vivo espera como se estivesse morto. As canções de embalar ao ouvido do atormentado. Ela sabe bem o que quer. Ele não consegue dizer o que sente. Os objectos, os vestidos, os cigarros e o vinho. A cadeira vazia. A boca sem voz. Os pequenos passos descalços. O som das moedas no chão. As memórias que se encontram nos bolsos. O inferno por cima. Deus por baixo.


BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

Performance
concerto em dó maior

criação de A. Branco
bozart, Faculdade de Belas-Artes da
Universidade de Lisboa
Sábado, 22 de Maio de 2010, às 16h
Auditório da Faculdade de Belas-Artes


Sinopse
A distância de um ser conhecido, que está ao nosso lado, pode ser infinita.
A distância de um ser desconhecido, que nunca se viu, pode ser nula.
Qual a distância de uma pessoa a outra pessoa?
Qual a distância de uma pessoa a si própria?
Será mensurável? De que factores depende?
Poderemos ser, ao mesmo tempo, uma e outra pessoa?
Não se procuram respostas novas, apenas perguntas velhas.

Entrada Livre

Performance
e(s)(n)tranho

criação de CITAC & ESMAE
CITAC, Universidade de Coimbra
& ESMAE, Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, do
Instituto Politécnico do Porto
Sábado, 22 de Maio de 2010, às 18h
Teatro da Comuna

Sinopse
Qual o significado de Estranheza? Será definível? Onde reside? Em nós? Nos outros? No mundo? É real ou artificial? Acontece quando é fora da moral, do sistema, do que é aceite como normal? Tem regras?
Quatro indivíduos vivem uma mesma cidade almejando o mesmo: aquela sensação que vive no salivar… a Liberdade!

Entrada Livre

The Hypnos Club

criação colectiva
CITAC Encenação de Sandra Hung
Universidade de Coimbra
Sábado, 22 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna

Sinopse
Hypnos é filho de Nix, Deus do Sono, pai de Morpheu e nome de Club; um espaço nocturno, profano e sagrado.
Bebidas espirituosas, delírios avulso. Copos nús, como corpos, meio-cheios, meio-vazios.
Sob a luz inebriada, a carne dos sonhos a nú. Quando a noite incendeia, é hora de partir. Eu vi.


BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

Tartarugas e Migração

de Sandra Hung
NNT Encenação de Sandra Hung
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Sexta-feira, 21 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna


Sinopse
Trata-se de um projecto de investigação e criação teatral que pretende utilizar o corpo do actor e as suas possíveis limitações e/ou aptidões como pontos de partida para a criação teatral.
Com Tartarugas e Migração contaremos histórias de um corpo, de uma família, de um país à medida que confeccionamos uma refeição.






BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Conferência com Stefan Kaegi

Quinta-feira, 20 de Maio de 2010, às 17 horas
Salão Nobre da Reitoria

Especialistas transplantados e espectadores comandados à distância


Como podem 10.000 gafanhotos fazer teatro? O que têm colaboradores indianos de um call center a ver com camionistas búlgaros? Quando 100 pessoas em cima de um palco dão, em simultâneo, um pulo, ele cai? Stefan Kaegi mostra e comenta trabalhos de teatro documental e intervenções urbanas dos Rimini Protokoll.

Stefan Kaegi é um encenador suíço, fundador do grupo Rimini Protokol e uma das maiores figuras do teatro documental internacional.

Formado em artes visuais e estudos performativos, Kaegi encena espectáculos de teatro documental, peças radiofónicas e encenações urbanas. Desde 2000, integra o colectivo de encenadores Rimini Protokoll, distinguido em 2008 com o prémio europeu “New Realities in Theatre”.

O teatro experimental de Stefan Kaegi parte do quotidiano para criar um novo universo onde a realidade e a ficção se confundem, encenando espectáculos que colocam questões contemporâneas da relação sobre a posição do espectador, tal como no espectáculo em que o público de Berlim era controlado através de telemóveis localizados na Índia ou a colocação de 10 mil gafanhotos em palco.
As suas peças documentais baseiam-se em biografias autênticas e algumas vezes são representadas em espaços não-teatrais. Ninguém melhor do que o próprio encenador para nos falar dos seus trabalhos de teatro documental e das intervenções urbanas do Label berlinense Rimini Protokoll.


Entrada Livre


Organização
Reitoria da Universidade de Lisboa – FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa, em parceria com o Instituto Goethe.


Performance
O Triunfo do Tomate

criação de Sandra Hung
NNT
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Quinta-feira, 20 de Maio de 2010, às 17h30
Restauradores (em frente à Loja do Cidadão)

Sinopse
Para falar com a autoridade é preciso tirar senha. Para usufruir de qualquer bem, seja ele essencial ou supérfluo, há que preencher os requisitos e já agora os intermináveis impressos. Muita tinta, papel ou molho irá escorrer/correr!

Entrada Livre

Rouge

criação colectiva
GrETUA Encenação de João Fino
Universidade de Aveiro
Quinta-feira, 20 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna


Sinopse
Rouge nasce de uma necessidade urgente, emergente, de elevar os pés ao penar no lodo, de olhar para além do reflexo da vitrine.
Rouge nasce de um amor crescente de troar, de rugir o bater do coração.
Nasce da irrequietude das mãos, que dançam nas cordas quando a nação insistentemente dorme. Rouge, vermelho como o nariz de um clown, como o sfumatto rúbio nas maçãs do rosto das moças, como sangue na melodiosa ferida de um poema.
É arriscado o cantar da alma, um número de trapézio a enfunar as velas aos ventos do presente, erguer a popa e proa acima do lamaçal.
Eis então a nave dos loucos, uma Arca de Arte. Não é uma revolução, é a vida dentro de uma canção.
Eis como navegamos o mundo sobre os destroços de um naufrágio.
Cordialmente.
Rouge.

BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

Performance
Recanto do Orador

criação de Ana Isabel Augusto
mISCuTEm
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Quarta-feira, 19 de Maio de 2010, às 17h30, na Estação de Metro "Cidade Universitária"
Quinta-feira, 20 de Maio de 2010, às 00h, na Estação de Metro "Baixa-Chiado"


Sinopse
Para discursar, o orador tem de estar sobre um banco para não estar sobre solo português, ficando assim isento das suas leis e tradições e tem de estar num sítio de passagem para que a sua palavra seja ouvida. Que melhor local para esta reflexão do que o Metro da Cidade Universitária?
Depois, convidam-se os transeuntes a falarem também e a partilharem com o mundo a sua opinião sobre a república que os rodeia.

Entrada Livre

O Crime da Aldeia Velha

de Bernardo Santareno
Grupo de Teatro Miguel Torga Encenação de Sérgio Grilo
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Quarta-feira, 19 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna


Sinopse
O Crime de Aldeia Velha, de 1934, é baseado num caso verídico.
“Aldeia Velha está com as tripas de fora... As tripas, as fezes, as vergonhas de cada um, e tudo: tudo à mostra, tudo à mostra! E vens tu...”
Um padre regressa.
“Digam-me todas: no tempo da nossa mocidade havia, por estes sítios, como há hoje, lobisomens? E bruxas?”
Velhas deixadas a sós com a sua imaginação.
“Nem de noite, nem de dia, posso esquecer aqueles olhos: grandes..., grandes como o mundo, com uma folha de prata a luzir, a luzir!... Era ela!”
Uma rapariga bonita.
“E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amén.”


BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Narrativa Fidedigna da Grande Catástrofe

a partir de texto de Jaime Filinto; adaptação de Rui Pina Coelho
TEUC Encenação de Carlos Marques
Universidade de Coimbra
Sexta-feira, 14 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna


Sinopse
Aconteceu no Porto, mais precisamente na rua de Santo António, onde se situava o Teatro Baquet. Na noite de 20 para 21 de Março de 1888, quando se representava a ópera cómica Os Dragões de Villars, com a lotação esgotada, perfazendo cerca de seis centenas de espectadores, deflagrou um violento incêndio e, em menos de cinco minutos, o fogo destruiu o teatro por completo. Nesse curto espaço de tempo, os espectadores, em pânico, precipitaram-se para as saídas e, inicialmente, pensou-se que não teria havido vítimas. Porém, segundo as estatísticas oficiais, pereceram naquela tragédia 88 pessoas, mas, na realidade, terão morrido carbonizadas 120 pessoas.
Um teatro que arde. O Teatro que arde. Que se consome.

BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

Performance
Introdução

criação de Bárbara Fonseca e Telma Santos
Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa

Sexta-feira, 14 de Maio de 2010, às 17h30 na Praça do Campo Pequeno
Terça-feira, 18 de Maio de 2010, às 00h00 na Praça Luís de Camões

Sinopse
Aqui pedimos-lhe apenas para estar. Encontrar um lugar no que é este momento. Algumas pessoas. Uma voz. Um corpo. Um público. E uma introdução para construir. É sempre no confronto que ela acontece ou não.
Será que criamos a partir de um confronto? Ou de uma necessidade?
O que nos faz falar?

Entrada Livre

Quem vai Ficar com Ela?

de Felipe Adleer
Escolas de Teatro do Rio de Janeiro
Encenação de Luíz Furlanetto
BRASIL
Quinta-feira, 13 de Maio de 2010, às 21h30
Teatro da Comuna

Sinopse
Júlia tem 25 anos e a mãe quer que ela case. A jovem, pressionada, resolve entrar num site de relacionamentos, com o endereço www.coisinhaadois.com.br, para conseguir um namorado. Nesta busca desesperada, ela encontra os mais variados tipos de pretendentes como Emo1, surfista, fiscal de trânsito e Marombeiro, entre outros, e vive a angústia de ter que arranjar um parceiro a qualquer custo.

BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

Koktel Baladi

de Lahssane Kenani
Grupo da Universidade de Ibn Zohr-Agadir Encenação de Mohammed Aarab
Universidade de Ibn Zohr-Agadir - Marrocos

Quarta-feira, 12 de Maio 21h30 Teatro da Comuna

Sinopse
O espaço é um souk onde as pessoas apresentam os seus produtos. Entre a apresentação do vendedor e o pedido do comprador formam-se histórias e problemas do quotidiano, bem como do imaginário caricatural e grotesco.

A peça começa para que não termine e é composta por quadros contínuos e descontínuos que tratam a profundidade do real e as suas contradições.

BILHETES > Teatro da Comuna (a partir das 20h – 217 221 770) 3 € para estudantes e profissionais das Artes do Espectáculo e 5 € para o público em geral.

RESERVAS > Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas da Reitoria da Universidade de Lisboa – 210 113 406 – até às 17h30 do dia do espectáculo ou até às 17h30 de sexta-feira (quando o espectáculo ocorre ao fim-de-semana).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Atelier de Produção

17 a 21 de Maio de 2010, 18h30 às 21h30
Instituto Franco-Português

Se este Atelier de Produção tivesse uma Keyword seria “fazer”. Serão abordados vários casos práticos de teatro universitário, teatro independente e de projectos pontuais. A ideia é não fazer disto um curso de produção mas, com a coordenação de Rui Guilherme Lopes, perceber, num trabalho conjunto, quais os modelos viáveis de organização para criar objectos artísticos na universidade.


Coordenação de Rui Guilherme Lopes
Rui Guilherme Lopes é actualmente dramaturgo e colabora frequentemente com a Associação Cultural TRUTA. Tem formação em técnica de máscara com Nuno Pino Custódio e André Gago. No Palco Oriental participou em Macbeth e A Boda dos Pequenos Burgueses (enc.: Pedro Wilson) e na encenação colectiva Uma Cerveja no Inferno Com Um Discurso Filho da Puta. Trabalhou com André Gago em Os Comikazes e a Vã Guarda. Com O Bando participou em Trilhos e Abertura de Lisboa – Capital da Cultura. Na Galeria Zé dos Bois apresentou Até Ver(Me), De Deus ou O Secretário Já Nem Me Lembro Bem. No Teatro do Tejo fez O Candidato de José Mora Ramos. Em Grenoble colaborou com o grupo Ici Même e apresentou Coup de Theatre com aRTaPaRT. Coordenou o texto e assistiu Pedro Carraca na encenação de Equimoses – Nódoas na Cidade. Escreveu Acquotidiano – Os Dias da Água e Homem Mau.

Inscrições até ao próximo dia 14 de Maio*
25 euros por pessoa, limite de 20 pessoas.
Tel.: +351 210 113 406 ou fatal@reitoria.ul.pt.

* A inscrição só é considerada válida após o pagamento na Fundação da Universidade de Lisboa, através da Divisão de Actividades Culturais e Imagem, Reitoria da Universidade de Lisboa.


Organização, inscrições e informações:
Reitoria da Universidade de Lisboa

Tel. 21 011 34 06 www.fatal2010.ul.pt/
fatal@reitoria.ul.pt


Workshop
Cenografia "Sem Ovos"

13 e 14 de Maio de 2010, das 14 horas às 18 horas
Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa

Oito horas de conversa e debate sobre cenografia.


O mote é o reaproveitamento e a utilização dos recursos existentes.


Durante o meu percurso na cenografia tenho-me deparado várias vezes com a necessidade de, como se costuma dizer, “fazer omeletas sem ovos”… têm-se revelado desafios interessantes e enriquecedores. A partilha de algumas destas experiências, através de documentos visuais, servirá de pretexto para abordar, por um lado, noções base do trabalho cenográfico e, por outro, diferentes formas de (re)aproveitamento de espaços e materiais.


Durante duas sessões, de quatro horas cada, serão trazidos para a mesa temas que vão desde questões de concepção como o papel da cenografia, a escolha do espaço - espaços convencionais e não convencionais - e suas implicações ou a relação público-cena, até a problemas de ordem mais prática como as necessidades de construção e montagem e a reutilização de materiais e matérias-primas.


Coordenação de Ana Limpinho
Curso de Realização Plástica do Espectáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema.
Actividade desenvolvida na área da cenografia e figurinos desde 1999, principalmente para teatro, com breves experiências nas áreas da dança, televisão e cinema.

Inscrições até ao próximo dia 12 de Maio*

20 euros por pessoa, limite de 20 pessoas.
Tel.: +351 210 113 406 ou fatal@reitoria.ul.pt.

* A inscrição só é considerada válida após o pagamento na Fundação da Universidade de Lisboa, através da Divisão de Actividades Culturais e Imagem, Reitoria da Universidade de Lisboa.


Organização, inscrições e informações:
Reitoria da Universidade de Lisboa

Tel. 21 011 34 06 www.fatal2010.ul.pt/