sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
FATAL Outras Cenas | Mostra de Premiados
16 de Dezembro | Sexta | 21h30
Local: Teatro do Bairro
ESTEPE
criação colectiva
TEUC | Encenação de Paula Garcia
Universidade de Coimbra
Sinopse
É sempre importante não nos levarmos a sério. É importante fazer espetáculos de teatro sem ter o texto decorado. Sem ter de agradecer no fim. Sem ter de. O teatro é o que se quiser fazer dele. O cinema é o que se quiser fazer dele. E, ao dizer isto, ao dizer que a arte é o que se quiser fazer dela, a haver seriedade, ela encontra-se na resistência. Porque se a arte é que se quiser fazer dela, já os corpos que a habitam e fazem, não são uma extensão de uma identidade artística ou social. São o que são, são o que vão sendo. O corpo não é o que se quiser fazer dele (qualquer gripe relembra-nos disso), muito menos um território de experiência para alcançar objetivos ou chegar à imagem da pessoa que se pretende ser. ESTEPE é um terreno árido, com pouca vegetação. O pouco que sobrevive, resiste. Não porque siga um programa ou um título. Porque é que uma espécie sobrevive? Por capricho.
Ficha Técnica
Encenação: Paula Garcia
Interpretação: Ana Lopes, Carolina Moreira, Catarina Carrilho, Catarina Arteaga, Emanuel Santos, Inês de Miranda, Renata Montojos, Xénon Cruz
Desenho de luz: Vera Silva
Assistência de Encenação: Sónia Tigre
Figurinos: Carolina Moreira, Emanuel Santos, Rafaella Theodoro
Design Gráfico: Renata Montojos
Cenografia: Ana Rita Amado, Ana Paula Mateus
Agradecimentos: Jorge Ribeiro, Carlos Gago
Produção: TEUC 2016
Entidade Financiada por Fundação Calouste Gulbenkian
Apoios: UC, TAGV, Câmara Municipal de Coimbra, IPDJ, MAFIA, RUC, CITAC, GEFAC, Ilídio Design, A Escola da Noite
Entrada livre, sujeita à lotação da sala.
Reservas para o número 210 113 406 (Núcleo de Programação Cultural e Ligação à Sociedade - Reitoria da Universidade de Lisboa).
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Prémio FATAL 2016
Atribuído, pelo Júri, ao melhor espectáculo apresentado no Festival
Com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian
reOrg
Texto de Dinis Ramos Machado
CITAC | Encenação de Rodrigo Santos
Universidade de Coimbra
A tentativa de transpor para o palco uma intrincada teia narrativa tecida por uma multiplicidade de personagens, sem o suporte de um texto dramático concebido para o efeito, pode facilmente resultar, como muitas vezes sucede, num exercício tecnicamente relevante, mas inócuo, porque ininteligível, para o espectador - que deve ser encarado como um elemento a ter sempre presente no processo de criação de um qualquer espetáculo.
O elevado ritmo que a ação dramática imprimiu ao espectáculo, hábil e eficazmente temperado por apontamentos narrativos, permitiu ao espectador ir penetrando na complexa rede de personagens e de relações, até ao ponto em que o próprio se vê mergulhado na cena, enquanto parte integrante do espectáculo.
A sobriedade dos figurinos, adereços e cenário, simples mas eficazmente utilizados, contribuiu para que se evidenciasse a qualidade das interpretações, tudo concorrendo para elevar este espectáculo a um patamar de excelência.
É igualmente feliz a escolha do texto, no sentido em que do mesmo se pode extrair uma crítica velada às lutas de poder sem escrúpulos, sejam de caráter político, económico, religioso ou de outra ordem, a que ciclicamente se assiste, mantendo viva uma certa veia crítica característica do Teatro Universitário.
A conjugação de todos estes elementos resultou numa adaptação dramatúrgica de um texto literário superiormente conseguida, o que levou o júri a atribuir o Prémio FATAL ao espetáculo REORG, do CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra.
Prémio FATAL Cidade de Lisboa 2016
Atribuído, pelo Júri, ao espectáculo mais inovador apresentado no Festival
Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa
A Constante Macabra
De André Antibi, Bárbara Pereira, Carina Fernandes, Carlos Neto, Guerra Junqueiro, Inês Lopes, João Nemo, Ken Robinson, Matilde Simões, Trevor Nunn (a partir de T.S. Eliot) e W. B. Yeats
TEUC | Encenação de Catarina Santana e Marta Campos
Universidade de Coimbra
O Prémio FATAL – Cidade de Lisboa, patrocinado pela Câmara Municipal da mesma cidade, pretende distinguir o espectáculo mais inovador apresentado à competição neste festival, através da evocação escultórica da fragilidade e do risco decorrentes dos processos de criação associados ao Teatro Universitário, assim como à criação artística em geral, cuja natureza, devido a uma paradoxal estabilidade incerta, sugere a elevação do espectáculo laureado à cátedra fatal.
Com efeito, semelhantes responsabilidade e assento (embora de nomeação efémera) não convidam, numa primeira instância, ao sentimento de orgulho que seria desejável e, muito ao invés do esperado, virtuoso. Não, uma condenação deste género não é motivo para auto-realização, mas o significado a si inerente já o é.
Quando falta a voz ao cidadão comum para clamar pela liberdade de expressão, de pensamento e de espírito crítico, exigindo assim o seu direito à constituição de uma opinião individual, embora destinada à ruptura da mecanização social pela via da instrução, a única possibilidade é metaforizar a rouquidão através de uma outra linguagem, mais primária ainda do que aquela através da qual nos exprimimos hoje e que é fundamentalmente desencriptada, a linguagem do corpo.
«Elementar» não é necessariamente um termo pejorativo. Pelo contrário, revela essência, matéria-prima, primordialidade. Assim, a existência de múltiplas essências ou matérias-primas, independentes entre si, mas que correlacionadas ofertam um muito maior potencial, é patente no espectáculo galardoado, que brinda o espectador com Teatro de proporções transcendentalmente épicas, unindo a si a Música e o Cinema, com espaço para a partilha globalizante de milho torrado, que não deixa de ser um acto de irmandade.
Decide assim o júri, pela inovadora interacção entre público, músicos, intérpretes e respectivas contribuições de cada um dos elementos, no intuito de uma problematização comum que leva o Teatro às suas origens reflexivas, atribuir o Prémio FATAL – Cidade de Lisboa ao espectáculo A Constante Macabra, do TEUC – Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra.
Prémio FATAL do Público 2016
Atribuído pelo Público do Festival
E Do Nada, Nada Ficou
A partir da obra As Dez Figuras Negras de Agatha Christie
Tubo de Ensaios | Encenação colectiva
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
Menção Honrosa FATAL 2016
Atribuída pelo Júri do Festival
Ninguém Se Mata Duas Vezes Da Mesma Maneira
Texto de A. Branco
Fc-Acto | Encenação de A. Branco
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Alguns espectáculos seduzem pela exuberância de meios e formas, outros pela economia dos mesmos, pela sobriedade e contenção, provando que, na realidade, less pode ser more e com poucos meios se pode fazer bem e diferente.
Os efeitos de luz e som, usados na justa medida e alguns adereços modestos mantiveram o carácter minimalista – quase a roçar o conceito de teatro pobre, de Grotowski. Processo cénico inovador, em que o encenador introduz aquilo que designa, com algum humor, como "técnica mista": narração em voz off, ilustrada, de forma nem sempre coincidente, por oito pares de atores, correspondendo ao número de palavras que compõem o título.
Joga-se com a surpresa do espectador, à medida que as regras do jogo se vão alterando ligeiramente a cada momento, ao mesmo tempo que se abre um espaço em que cada um é livre de "imaginar" o que é apenas sugerido por ambos os processos narrativos.
Interpretações seguras, contidas, uniformes.
Pelo experimentalismo, pela contenção, pela abolição de tudo quanto é desnecessário, levando o espectador a concentrar-se de forma absoluta na voz narrativa e nos atores, pelo envolvimento do espectador na construção da ficção, decidiu o júri atribuir uma Menção Honrosa ao espectáculo Ninguém se mata duas vezes da mesma maneira, da responsabilidade do grupo Fc-Acto.
Menção Honrosa FATAL 2016
Atribuída pelo Júri do Festival
E Do Nada, Nada Ficou
A partir da obra As Dez Figuras Negras de Agatha Christie
Tubo de Ensaios | Encenação colectiva
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
A experiência do que é assistir a um espectáculo teatral convoca frequentemente algumas noções que, sendo pontualmente desafiadas, nos colocam num patamar de conforto com um formato mais ou menos definido: um tempo, um espaço, uma narrativa. Desafiar um destes aspectos é um exercício potencialmente virtuoso mas vertiginoso e o confronto com um trabalho que o consegue de forma exemplar é, portanto, particularmente bem recebido.
A capacidade de traduzir os meandros labirínticos da narrativa e de a representar fisicamente recorrendo a poucos objectos e jogando com espaços manifestamente limitados mostrou-se um exercício eminentemente criativo e de grande mestria, que envolve o espectador, simultaneamente observador e actor da própria cena, povoando-a e conferindo-lhe significado. O jogo com a audiência, permanentemente confrontada com novos dados e novos encontros, é uma forma feliz de cativar estas "sombras", que se imiscuem no espaço dos actores e aguardam ser surpreendidos, como uma décima primeira personagem.
Pelo rigor e perfeição na execução, dando particular destaque à sincronização dos vários elementos móveis que suportam um espectáculo jovial mas fundamentalmente consistente, que culmina numa aliança feliz entre espectadores-elenco, entendeu o júri atribuir uma menção honrosa ao espetáculo E do NADA, NADA ficou, do grupo Tubo de Ensaios – Grupo de Teatro da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Menção Honrosa FATAL 2016
Atribuída pelo Júri do Festival
A Casa de Bernarda Alba
Texto de Frederico García Lorca
Cénico de Direito | Encenação de Pedro Wilson
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Existem textos que pela sua força e qualidade é sempre um prazer revisitar. No contexto deste festival apresentar um espetáculo feito a partir de um texto clássico é também um desafio e neste caso conseguido.
Através de uma aparente simplicidade o espetáculo evoca uma enorme complexidade temática sobre o conflito entre a austeridade e a liberdade, através da história de uma família. A concepção do espaço cénico transmite a sensação de opressão que sofrem as personagens, perceptível através da intensidade dos diálogos que espelham a moral tradicional, as diferenças sociais e a condição da mulher.
Pela interpretação e concepção de um espetáculo competente e honesto, que proporcionou ao espectador um bom momento de teatro, o júri decidiu atribuir uma menção honrosa ao espetáculo A Casa de Bernarda Alba, do Cénico de Direito – Grupo de Teatro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
quarta-feira, 4 de maio de 2016
FATAL 2016 | Workshop
ÚLTIMAS VAGAS
Workshop de Adaptação da obra "O Continente", de Erico Veríssimo, para a linguagem cénica
Com Inês Marocco e Isandria Fermiano (Teatro Grupo Cerco)
Reitoria da Universidade de Lisboa
7 Maio | SÁBADO | 14h00 às 18h00
Descrição
Neste workshop será abordada uma das técnicas trabalhadas pelo grupo Cerco durante o seu processo de criação artística: a adaptação da obra literária para a linguagem cénica. Será desenvolvido um trabalho de criação colectivo a partir de fragmentos de alguns textos literários (contos ou romances). Neste processo colaborativo, todos trabalharão sob a orientação de um professor, usando a técnica de improvisação. Após uma primeira leitura e contextualização da(s) obra(s), dar-se-á início à improvisação de situações do texto. Posteriormente, será feita a análise dos improvisos com o objectivo de verificar se a mensagem e a atmosfera criadas pelo autor continuam presentes. O objectivo será conseguir uma apropriação do texto sem trair as ideias do autor, para assim ser feita uma melhor adaptação.
Observações: 20 vagas; actividade gratuita; inscrições até dia 4 de Maio, enviar e-mail para fatal@reitoria.ulisboa.pt.
Inscrições:
Gratuitas
Reitoria - Núcleo de Programação Cultural e Ligação à Sociedade do Departamento de Relações Externas e Internacionais
Tel.: +351 210 113 406
fatal@reitoria.ulisboa.pt
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Partilha de Processos de Criação
Sábado, 30 de abril | 15 horas
Refeitório I dos SASUL (Cantina Velha)
O FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa recebe amanhã, dia 30 de abril, no Refeitório I, às 15 horas, a Partilha de Processos de Criação, pelos Alunos do 3º ano do Curso de Teatro – Estudos de Interpretação IV da Universidade do Minho.
Sinopse
No quadro da unidade curricular Estudos em Interpretação III e IV os alunos de 3º ano da Lic. em Teatro da Universidade do Minho (UM) vêm desenvolvendo projetos da sua autoria supervisionados pelo docente (uns em grupo outros individualmente). Mostrar por várias vezes o processo criativo (antes do espetáculo estar finalizado) tem-se revelado um ato desafiante e enriquecedor.
Qual a melhor forma de partilhar o processo? Como tratar uma questão pertinente levantada pelos observadores aquando desse momento de partilha do processo?
São estas algumas das questões que os alunos-criadores se têm confrontado e que em muito tem têm enriquecido os seus processos de criação.
O que FATAL proporciona a estes jovens criadores será como que o último andamento antes do culminar de todo uma caminhada. Não poderiam ter melhor desafio!
Não faltem!
Mais informações.
terça-feira, 1 de março de 2016
17.ª edição do Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa | Candidaturas até 4 de março
Todos os interessados deverão inscrever-se:
- Pelo telefone 210 113 406
- Pelo endereço de e-mail fatal@reitoria.ulisboa.pt
- Presencialmente no Núcleo de Programação Cultural e de Ligação à Sociedade do Departamento de Relações Externas e Internacionais da ULisboa
A candidatura deverá ser acompanhada de:
- Sinopse do espetáculo;
- Ficha técnica do espetáculo;
- Nome e número dos alunos do Grupo, assim como a indicação do curso e da instituição que frequentam;
- Registo videográfico do espectáculo se disponível;
- Texto da peça;
- Documento comprovativo da regularização dos direitos de autor (SPA);
- Fotografias do espetáculo.
Mais informações:
Edital
Regulamento